segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Parte do cometa Ison não se vaporizou

Os cientistas chegaram a pensar que o cometa Ison teria ficado despedaçado, ou mesmo completamente vaporizado, ontem, aquando da sua passagem mais próxima do Sol, mas a observação das imagens obtidas pelo observatório espacial Solar and Heliospheric Observatory (SOHO) mostram o contrário.
O SOHO, o observatório espacial da ESA (a agência espacial europeia) e da NASA, que foi lançado para órbita, justamente, para observar e estudar o Sol, seguiu atentamente a viagem do cometa, captando toda a sua trajetória, e isso permitiu confirmar hoje que pelo menos um fragmento do Ison -talvez, até, mais - sobreviveu.
A reaparição do Ison, ou pelo menos de parte dele, do outro lado do Sol, horas depois de se ter escondido atrás da estrela, na sua viagem orbital, mostra que ele não se vaporizou no momento em que passou mais perto do Sol, a cerca de 1,17 milhões de quilómetros. Como se pode ver nas imagens, um fio de luz surge a certa altura por detrás do Sol.
Neste momento, os cientistas ainda não sabem qual é a dimensão do fragmento (ou fragmentos) que ficaram do Ison depois da sua viagem radical, mas esperam que a análise dos dados possa fornecer mais informações nos próximos dias. A grande incógnita é se ele vai mesmo tornar-se visível a olho nu em Dezembro.

por Filomena Naves




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