segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Identificada molécula que inverte sintomas da Trissomia 21

     Investigadores norte-americanos identificaram uma molécula que permite inverter os sintomas da Trissomia 21 em ratinhos tratados à nascença.
     Uma dose de uma pequena molécula da família proteica do gene SHH permitiu que o cerebelo dos roedores se desenvolvesse normalmente e estimulasse a sua capacidade de memória e aprendizagem, segundo investigadores da Universidade Johns Hopkins e dos Institutos Nacionais de Saúde norte-americanos.
     Roger Reeves, professor do Instituto de Medicina Genética da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, e coautor do estudo publicado na revista "Science Transnational Medicine", lembrou que "a maior parte das pessoas com Trissomia 21 tem um cérebro 60% inferior ao seu tamanho normal".
     Os ratinhos usados na experiência foram geneticamente modificados para reproduzirem a trissomia humana.
     Os cientistas questionam, por enquanto, a aplicação da molécula nos humanos com Trissomia 21, uma vez que o seu uso em segurança não está, ainda, garantido.
     O facto de ser alterado um mecanismo biológico importante do cérebro apresenta riscos de cancro, pois pode desbloquear o crescimento excessivo de células, advertem, realçando que muitos estudos terão de ser feitos.
     De acordo com Roger Reeves, na medida em que a Trissomia 21 implica numerosos genes, qualquer tratamento "é um enorme desafio".
     Trissomia 21 ou Síndrome de Down é um distúrbio genético que resulta de uma cópia suplementar do cromossoma 21. A doença, que não tem cura, traduz-se numa deficiência cognitiva, em características faciais particulares (mongolismo) e, por vezes, em problemas cardíacos.


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